(Uma homenagem a minha terra natal, Mombaça)
Basta-me o cheiro sertanejo da caatinga
quando o sol se insinua assim, devasso,
e vem roubar olhares das meninas
que nos quintais pirateiam sonho e afagos.
Basta-me o pôr-do-sol, vermelhidão
de lábios carmesins em oferenda,
poema aceso, virgem flor agreste
com cheiro das meninas do sertão.
Basta-me o anoitecer de plenilúnio
e o olhar de Deus espreitando na amplidão,
e as conversas matutas no terreiro
e os amores a medo sob estrelas.
Bastam-me madrugadas e cantares
e a musicalidade violeira.
Um verso, uma cachaça, um olhar furtivo,
Um beijo na morena mais brejeira.
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