Desde sua origem, Lavras da Mangabeira foi uma pequena cidade de grandes
homens e mulheres que levaram o nome da Princesa do Salgado a terras mais
distantes, ficando, assim, famosa e conhecida como “celeiro de intelectuais”.
Essa
característica emprestou à nossa terra projeção e magnitude. Lavras do nosso
tempo, contudo, não acompanhou o ritmo dos seus filhos ilustres; infelizmente,
nosso torrão perdeu o bonde da história.
No afã de colocar Lavras da Mangabeira outra
vez nos trilhos da intelectualidade, e nos trilhos da sua tradição, registra no
seu livro – Lavrenses Ilustres – os
nomes dos seus nobres conterrâneos, biografando, inclusive, aqueles que
perderam sua identificação com o lugar em que nasceram.
Em Lavrenses Ilustres (Fortaleza,
Editora RDS, 2012), Dimas apresenta-nos as biografias de conterrâneos que,
assim como ele, nasceram na velha Princesa do Salgado, o rio que não só
fertilizou o solo lavrense, mas as mentes e os corações dos seus rebentos
ilustres.
Com a sua rara capacidade de congregar os
filhos da nossa tão amada Lavras, lança-nos o autor um desafio: em lugar de
segregar ou diferenciar uns em relação aos outros, ele trata de valorizar o
talento de cada com sua capacidade de exercê-lo.
Sensível e brilhante, como de hábito, Dimas
faz desse seu livro Lavrenses Ilustres um
marco de dois sentimentos: o amor incondicional à sua terra natal e o
revigoramento dos seus conterrâneos esquecidos, ou mesmo desconhecidos pelos
próprios lavrenses.
Critico literário, poeta, jurista, ensaísta,
historiador e professor da Universidade Federal do Ceará, Dimas é autor de
diversos livros publicados, dentre os quais se destacam: A Distância de Todas as Coisas; A Metáfora do Sol; Sintaxe do
Desejo; Política e Constituição;
e A Brisa do Salgado, sendo ente
último uma verdadeira declaração de amor a Lavras.
Obrigada, querido amigo Dimas, por seres
o que és: um autêntico lavrense, filho de seu Zito Lobo e da corajosa Dona
Eliete Macedo; e por trazeres à Princesa do Salgado este brado de alerta
vigoroso e político, reavivando os sentimentos lavrenses e nos devolvendo a
memória de um povo, que talvez tenha perdido, mesmo, as suas referências.
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