Barros Alves e Arievaldo Viana


Me diga meu caro amigo

Arievaldo Viana

Teu bruguelo já nasceu?
Veja lá se não me engana,
Pois quero comemorar
Vamos nos embebedar
Tomando um barril de cana


ARIEVALDO VIANA:


Nasce na próxima semana

Segundo disse a cegonha
Eu já comprei milho verde
Que é para fazer pamonha
Também já comprei galinha
Tem cachaça e meladinha
Tudo que um poeta sonha.

BARROS ALVES:


Deixa de ser semvergonha

Tu já pensa em sururu...

Pois chame o Adelson Viana,

Também o Zé de Manu,

Compre a cana na bodega,

E não esqueça dum peba

Mas pode ser um tatu


ARIEVALDO VIANA:


Chamei a velha TOTONHA

Uma parteira afamada
Que sabe pegar menino
Às quatro da madrugada
Depois que o bichim nascer
Ela bota pra ferver
Uma linda panelada.

Tem samba, tem feijoada,
Tem forró, tem cantoria,
Tem queijo e tem aluá
Feito pela minha tia
Tem cuscuz de milho novo
E eu já convidei o povo
Tô só esperando o dia.

Eu já comprei foi NAMBU
Jerimum ponta de rama
Cará tilápia e piaba
(Tenho medo é do IBAMA)
De vinho, meia moringa
E tem litro de pinga
Guardado embaixo da cama.

Celebrando a alegria
No ano de GONZAGÃO
Santo Antonio Pequenino
Meu santo de devoção
Me enviou um paladino
Diz que o nome do menino
Só pode ser... BASTIÃO!